Objetivos
- Conhecer as funções do Sistema Digestivo
- Identificar os nutrientes da alimentação humana e comparar tipos de dieta
Conteúdos
- Sistema Digestivo
- Nutrição e alimentação
Tempo estimado
Três aulas
Material necessário
Computadores com acesso à internet
- Conhecer as funções do Sistema Digestivo
- Identificar os nutrientes da alimentação humana e comparar tipos de dieta
Conteúdos
- Sistema Digestivo
- Nutrição e alimentação
Tempo estimado
Três aulas
Material necessário
Computadores com acesso à internet
Desenvolvimento
Aula I
Conte aos alunos que nesta aula e nas seguintes eles vão estudar o sistema
digestivo. Para começar, proponha uma atividade comparando as duas
nomenclaturas que este sistema recebe: "digestivo" e
"digestório". Questione como os estudantes costumam escrever e peça
que recorram a mais de um dicionário para escolher o nome que vão usar ao longo
das aulas. Lembrando que as duas nomenclaturas estão corretas. As alterações
nos nomes da anatomia têm como objetivo facilitar a compressão dos órgãos, por
isso há mais de um nome para designar o mesmo sistema.
Pergunte aos alunos para que serve o sistema digestivo. Certamente eles farão
alguma relação com a comida. Questione quais as recomendações para o bom
funcionamento desta parte do corpo eles conhecem. Veja se os alunos dirão
coisas como "mastigar chiclete faz mal para o estômago" ou
"comer fruta com casca é bom por causa dos nutrientes". Anote na
lousa tudo o que a turma disser e procure explicar alguns mitos sobre o sistema
digestivo. Comece explicando que ele tem estas funções:
- captação do alimento
- digestão química e mecânica da comida
- absorção dos nutrientes
- produção e eliminação das fezes
Essas funções estão interligadas entre si e com o sistema nervoso. Por exemplo,
quando mastigamos o cérebro está intimamente envolvido nessa atividade. Os
estudos mostram, pelo menos, dois resultados que relacionam a boa mastigação
com qualidade de vida. O primeiro deles está relacionado diretamente com o
sistema digestivo. Quanto mais mastigamos, mais suco gástrico produzimos e
quando o alimento chega ao estômago, ele já está preparado para receber esse
bolo alimentar.
Daí o problema de mascar chiclete por muito tempo: como não engolimos nada
durante a mastigação do chiclete, as paredes do estômago são afetadas pelo
excesso de suco gástrico que causa azias e úlceras. O outro benefício de uma boa mastigação é a estimulação no centro da
saciedade no cérebro. A mastigação dos alimentos em toda a região interna da
boca por, aproximadamente, 30 vezes ajuda a atividade do hipotálamo facilitando
a sensação de saciedade dos indivíduos. Isso significa que o processo mastigatório
facilita a quebra das ligações químicas já na boca, em direção ao estômago e
intestino, bem como causa uma saciedade maior por estimulação direta do centro
da saciedade no cérebro.
Ao que tudo indica não é mito que as cascas das frutas contêm mais vitaminas
que as partes comestíveis. Muitas frutas que poderiam ser comidas com a casca
como, por exemplo, maçã e pera, são utilizadas descascadas. Assim se perde uma
grande quantidade de nutrientes que poderiam ser utilizados como fonte
nutricional. Em estudo com frutas cultivadas no Rio Grande do Norte, os
pesquisadores descobriram que 7 nutrientes pesquisados nas frutas, todas elas
apresentavam maior concentração nas cascas delas. Questione se alguém na classe
reaproveita as cascas dos alimentos ou conhece quem faça isso.
Esclareça também que há alimentos que não precisam passar por nenhum tipo de
aquecimento, como saladas e frutas. Contudo, há alimentos que, se aquecidos
adequadamente, são melhor ingeridos e com mais facilidade de absorção dos seus
nutrientes. No caso de carnes, por exemplo, o aquecimento não prejudica a
absorção das proteínas, mas pode prejudicar na perda de vitaminas presentes
nelas. Além disso, comer carne crua requer um cuidado muito grande quanto à
conservação dela, uma vez que a contaminação pode gerar graves doenças.
Aula II
Retome o tema discutido na última aula. Aproveite para instruir os alunos sobre
a importância de ter bons hábitos
alimentares. Peça que comparem diferentes tipos de dieta. Uma
pesquisa na internet traz ricas informações quanto aos tipos de dieta que uma
pessoa pode realizar. Inclusive saber que a palavra dieta significa "a
maneira como se come" também é interessante.
Há pessoas que precisam de uma dieta para ganhar peso; outras, para perder
peso. Há dietas hospitalares que são aplicadas aos diferentes tipos de
pacientes internados. Além disso, há dietas estranhas ao corpo humano, como só
comer frutas, ou ingerir apenas líquidos. Há dietas em que são cortados todos
os carboidratos, ou se cortam todas as gorduras. Comparar esses tipos de dieta
é importante para a compreensão que o melhor de tudo é bom senso.
Uma entrevista com as pessoas do colégio, para alunos e adultos, pode ser elaborada
a fim de se descobrir como aquele grupo de pessoas tem se alimentado. Essa
entrevista pode abordar os hábitos alimentares (quantas refeições por dia,
frequência em fast foods, se a alimentação se dá mais em casa ou no trabalho)
ou o tipo de alimentação (mais alimentos de origem animal ou vegetal,
ocorrência de alimentos industrializados). As questões devem ser formuladas
junto com a turma. Defina com eles também, conforme o tempo disponível e a
realidade da sua escola, quantas pessoas serão entrevistadas. Reserve um tempo
da aula para isso e avise que os dados tabulados deverão ser levados na próxima
aula
Aula III
Com as informações das entrevistas em mãos, os alunos precisam ser desafiados a
tabular essas informações e apresentá-las de maneira clara. Construir as
tabelas e os gráficos partindo do sexo ou da faixa etária é uma boa opção. As
informações obtidas devem ser expostas para o resto da escola.
Avaliação
Para saber se os alunos entenderam o que é verdade nos "mitos" sobre
o sistema digestivo, fique atento ao que comentarem nas discussões e na parte
expositiva da aula. Com a pesquisa sobre os hábitos alimentares da comunidade
escolar ( da qual os alunos fazem parte) a turma vai comparar diferentes
dietas e distinguir se os hábitos alimentares de quem convive com eles são ou
não saudáveis. Vale lembra que esta é uma forma interessante de repensar a
própria dieta.
Marcos D. Muhlpointner
Biólogo e professor de Ciências dos Colégios Renascença e Bialik em São Paulo
Biólogo e professor de Ciências dos Colégios Renascença e Bialik em São Paulo
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