19 de setembro de 2012

O Elefante Acorrentado




Você já observou um elefante no circo? Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais.

Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma das suas patas a uma pequena estaca cravada no solo. A estaca é só um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele capaz de derrubar uma árvore com a sua força, poderia arrancá-la do solo com facilidade e fugir. E por que o elefante não foge?


Perguntei a um domador e ele me explicou que o elefante não escapa porque está amestrado.

Fiz então a pergunta óbvia: "Então, porque o prendem?"

Não houve resposta!

Há alguns anos descobri que, por sorte minha alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta: o elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno.

Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso: naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando soltar-se, e, apesar de todo o esforço, não pôde sair. A estaca era muito pesada para ele; o elefantinho tentava, tentava e nada...

Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo.

Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode e jamais volta a colocar à prova sua força.

Isso muitas vezes acontece conosco! Vivemos acreditando num montão de coisas "que não podemos ter", "que não podemos ser", "que não vamos conseguir", simplesmente porque quando éramos crianças e inexperiente algo não deu certo ou ouvimos tantos "nãos" que "a corrente da estaca" ficou gravada na nossa memória com tanta força que aceitamos o "sempre foi assim".

De vez em quando sentimos as correntes e confirmamos o estigma:

Não posso, nunca poderei... A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras e não ter receio de rebentar as correntes!

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