19 de outubro de 2013

Meio Ambiente

Sequência Didática

Meio ambiente - Conhecer para Preservar

Introdução
A educação ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1999, pela Lei N° 9.795 – Lei da Educação Ambiental, onde em seu Art. 2° afirma: "A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal”. Partindo desse pressuposto a Educação Ambiental se faz presente de forma interdisciplinar em nosso currículo escolar. Estamos certos de que não resolveremos os complexos problemas ambientais planetários, mas somos capazes de provocar nos educandos mudanças de atitudes tornando-os aptos a agir individual e coletivamente na solução de problemas ambientais locais.

Objetivos

Ø  Conhecer as características da Educação Ambiental
Ø  Conceituar meio ambiente

Ø  Conhecer termos científicos utilizados na educação ambiental


                     Momento da aula

 Momento do Registro
Características da Educação Ambiental

 A Educação ambiental possibilita a aquisição de conhecimentos e habilidades capazes de induzir mudanças e atitudes. Objetiva a construção de uma nova visão das relações do homem com o seu meio e a adoção de novas posturas individuais e coletivas em relação ao ambiente. 
 Momento da Criação

Criar um DICIONÁRIO AMBIENTAL (os termos existentes no dicionário serão selecionados a partir do assunto ministrado a cada aula).

Momento da Apreciação


Responda a seguintes perguntas: o que é meio ambiente? o que é

 preciso para que o meio ambiente fique inteiro?

 Momento do Registro/Debate

Ditar o texto: O meio ambiente agoniza
 Momento da Leitura
Distribuição de texto xerocopiado

Tinha uma Lata no meio do Caminho


                                                        Terezinha de Fátima Alves 
                              Revista Mundo Jovem

Tropeçando daqui chutando dali, ainda um pouco sonolento. Tinha que ir. Era obrigado. Não podia chegar atrasado. A rua rotineira estava mais suja do que nos outros dias.
Uma lata de cerveja virou bola. Fui chutando, chutando. Ora do lado esquerdo, ora do lado direito da rua. Cansei. Dei um chutão: tibum. Caiu no Igarapé. O pontilhão estava torto e quebrado. Fiquei olhando lá embaixo. Um fiozinho de água corria entre um montão de lixo. Não vi nenhum peixinho. Só vi a luta da pequena água querendo romper passagem. Batia em saco plástico, em latas grandes e pequenas e outras coisas, lei lá o que era só sei que era muita coisa.
A água estava doente, amarela sem força e muito triste.
Um homem que passava por ali de bicicleta perguntou: - Menino está querendo tomar banho no rio “Bostinha”?
Não liguei. Olhei mais uma vez para a água e vi um peixinho. Estava paradinho: às vezes queria nadar, tentava subir, tentava descer. Tive dó. Queria salva-lo
Uma mulher que vinha em minha direção empurrando um carrinho de mão cheio de lixo, subiu no pontilhão com cuidado e despejou tudo aquilo dentro do rio. O pior, em cima do peixinho. Eu quis gritar, mas a voz não saiu. A mulher se afastou cantarolando feliz da vida.
Cheguei atrasado à escola. A professora foi logo dizendo:
- Atrasado, heim, garotinho!
Sentei-me e ela continuou a aula: Nosso assunto de hoje é a preservação do meio ambiente. E ela falava, falava sobre os rios, sobre o solo, as queimadas, o desmatamento etc.
Arrisquei uma pergunta, quer dizer, quase:
- Professora, a senhora conhece o rio “Bos...”?
- O que menino?
- Nada não, professora.
- Então não atrapalha a aula.
Alguns alunos riram.
- Silêncio, crianças! Prestem atenção na aula!
Era impossível. O peixinho estava lá, agora, sufocado no lixo, talvez morto. Eu queria estar lá, descer o barranco, retirar o lixo e salvar o bichinho. Era nisso que eu pensava.
- Ei garoto, além de chegar atrasado na aula, parece estar “no mundo da lua”, será que podemos morar lá?
Foi a aula mais chata e comprida daquele ano. Eu queria mesmo era salvar o peixinho e tirar a latinha que eu tinha chutado lá.
Fui andando devagar para que os outros alunos se distanciassem. Eles iam na maior algazarra, jogavam papel de bala, chiclete, sacolinhas de gelinho, iogurte etc. As ruas iam ficando imundas.
Desci o barranco. Atolei até os joelhos na lama. Fui retirando lixo para um lado, bem devagar para na machucar o peixinho. Foi inútil. Ele não estava lá, nem vivo, nem morto. Fui até a latinha, e que surpresa, lá ao lado da lata, estava ele, cansado. Abria e fechava a guelra sem parar. Fiquei olhando para o peixinho. Dobrei o corpo para fazer sombra nele. Parece que ele gostou.
De repente, fui atingido por um jato de uma coisa esquisita e fedorenta, quase insuportável. Olhei para cima e vi que era um cano de descarga de banheiro. Eu vi outros e outros, dos dois lados do rio. O peixinho sumiu no susto. A latinha eu não pude pegar. Estava melada de bos...
As aulas continuam as mesmas. O rio, depósito de lixo. Ele é uma fossa. O peixinho deve estar no céu.
      
Trabalho em dupla                                                        

1. Porque o apelido do rio era assim? 
2. Quem é a autora do texto?
3. Qual a problemática levantada pelo texto?
4. Quanto tempo à latinha de cerveja leva para se decompor na natureza?
5. Imagine que os peixes pudessem falar o que eles diriam àquela mulher que jogou um carrinho de lixo no riacho. Narre o diálogo que se travou naquela hora. Você poderá desenhar!








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