Sequência Didática
Meio ambiente - Conhecer para Preservar
Introdução
A educação ambiental tornou-se lei em 27 de Abril
de 1999, pela Lei N° 9.795 – Lei da Educação Ambiental, onde em seu Art. 2°
afirma: "A educação ambiental é um componente essencial e permanente da
educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os
níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal”. Partindo desse pressuposto a Educação Ambiental se faz presente de forma interdisciplinar em nosso currículo
escolar. Estamos
certos de que não resolveremos os complexos problemas ambientais planetários,
mas somos capazes de provocar nos educandos mudanças de atitudes tornando-os
aptos a agir individual e coletivamente na solução de problemas ambientais
locais.
Objetivos
Ø Conhecer as
características da Educação Ambiental
Ø Conceituar
meio ambiente
Ø Conhecer
termos científicos utilizados na educação ambiental
Momento da aula
Momento do Registro
Características da Educação
Ambiental
A Educação ambiental possibilita a aquisição de conhecimentos e
habilidades capazes de induzir mudanças e atitudes. Objetiva a construção de
uma nova visão das relações do homem com o seu meio e a adoção de novas
posturas individuais e coletivas em relação ao ambiente.
Momento da Criação
Criar
um DICIONÁRIO AMBIENTAL (os termos
existentes no dicionário serão selecionados a partir do assunto ministrado a
cada aula).
Momento da Apreciação
Responda a seguintes perguntas: o que é meio ambiente? o que é
preciso para que o meio ambiente fique inteiro?
preciso para que o meio ambiente fique inteiro?
Momento do Registro/Debate
Ditar o texto: O meio
ambiente agoniza
Momento da Leitura
Distribuição de texto xerocopiado
Tinha uma
Lata no meio do Caminho
|
Terezinha de Fátima Alves
Revista Mundo Jovem
Tropeçando daqui chutando dali, ainda
um pouco sonolento. Tinha que ir. Era obrigado. Não podia chegar atrasado. A
rua rotineira estava mais suja do que nos outros dias.
Uma lata de cerveja virou bola. Fui
chutando, chutando. Ora do lado esquerdo, ora do lado direito da rua. Cansei.
Dei um chutão: tibum. Caiu no Igarapé. O pontilhão estava torto e quebrado.
Fiquei olhando lá embaixo. Um fiozinho de água corria entre um montão de lixo.
Não vi nenhum peixinho. Só vi a luta da pequena água querendo romper passagem.
Batia em saco plástico, em latas grandes e pequenas e outras coisas, lei lá o
que era só sei que era muita coisa.
A água estava doente, amarela sem força
e muito triste.
Um homem que passava por ali de
bicicleta perguntou: - Menino está querendo tomar banho no rio “Bostinha”?
Não liguei. Olhei mais uma vez para a
água e vi um peixinho. Estava paradinho: às vezes queria nadar, tentava subir,
tentava descer. Tive dó. Queria salva-lo
Uma mulher que vinha em minha direção
empurrando um carrinho de mão cheio de lixo, subiu no pontilhão com cuidado e
despejou tudo aquilo dentro do rio. O pior, em cima do peixinho. Eu quis
gritar, mas a voz não saiu. A mulher se afastou cantarolando feliz da vida.
Cheguei atrasado à escola. A professora
foi logo dizendo:
- Atrasado, heim, garotinho!
Sentei-me e ela continuou a aula: Nosso
assunto de hoje é a preservação do meio ambiente. E ela falava, falava sobre os
rios, sobre o solo, as queimadas, o desmatamento etc.
Arrisquei uma pergunta, quer dizer,
quase:
- Professora, a senhora conhece o rio
“Bos...”?
- O que menino?
- Nada não, professora.
- Então não atrapalha a aula.
Alguns alunos riram.
- Silêncio, crianças! Prestem atenção
na aula!
Era impossível. O peixinho estava lá,
agora, sufocado no lixo, talvez morto. Eu queria estar lá, descer o barranco,
retirar o lixo e salvar o bichinho. Era nisso que eu pensava.
- Ei garoto, além de chegar atrasado na
aula, parece estar “no mundo da lua”, será que podemos morar lá?
Foi a aula mais chata e comprida
daquele ano. Eu queria mesmo era salvar o peixinho e tirar a latinha que eu
tinha chutado lá.
Fui andando devagar para que os outros
alunos se distanciassem. Eles iam na maior algazarra, jogavam papel de bala,
chiclete, sacolinhas de gelinho, iogurte etc. As ruas iam ficando imundas.
Desci o barranco. Atolei até os joelhos
na lama. Fui retirando lixo para um lado, bem devagar para na machucar o
peixinho. Foi inútil. Ele não estava lá, nem vivo, nem morto. Fui até a
latinha, e que surpresa, lá ao lado da lata, estava ele, cansado. Abria e
fechava a guelra sem parar. Fiquei olhando para o peixinho. Dobrei o corpo para
fazer sombra nele. Parece que ele gostou.
De repente, fui atingido por um jato de
uma coisa esquisita e fedorenta, quase insuportável. Olhei para cima e vi que
era um cano de descarga de banheiro. Eu vi outros e outros, dos dois lados do
rio. O peixinho sumiu no susto. A latinha eu não pude pegar. Estava melada de
bos...
As aulas continuam as mesmas. O rio,
depósito de lixo. Ele é uma fossa. O peixinho deve estar no céu.
Trabalho em dupla
1. Porque o apelido do rio era assim?
2. Quem é a autora do texto?
3. Qual a problemática levantada pelo
texto?
4. Quanto tempo à latinha de cerveja
leva para se decompor na natureza?
5. Imagine que os peixes pudessem falar
o que eles diriam àquela mulher que jogou um carrinho de lixo no riacho. Narre
o diálogo que se travou naquela hora. Você poderá desenhar!
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